quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Escrever... um grande desafio?! Fiat!


Pela primeira vez vou escrever no meu blog, algo de minha autoria, confesso que sinto um pouco de receio...
Escrever é uma eventura perigosa. Nela o coração humano se registra e se revela, falou Alfredo.
E bem que ele tinha razão. Acho que sempre tive um pouco de "medo" das críticas do que escrevo, talvez velhos "traumas" dos tempos das redações da escola, mas que eu superei com audacia e perseverança anos mais tarde. Isto fez com que eu me "escondesse" ou me resguardar-se nos versos e palavras emprestadas dos grandes autores.
" Uma edificação literária é um território onde muitas almas encontram descanso as suas inquietações. Por isso escolhemos os autores de nossa preferência." (Abner).
Este blog sempre foi para mim como uma fotografia do momento presente, tirada vez em quando. Mas creio que agora, pode fazer bem a alma humana... Assim eu espero. Ao menos a minha alma, já está fazendo. É o meu jardim, sendo plantado, cultivado. Preparando sua terra para receber as sementes.
Mas um desafio lançado por uma amiga... Auricleide Barros Nascimento..precisa lançar um livro...que tal....amo todos os posteres,com certeza a bagagem tá pesada de sabedoria...eu ia amar e seria a 1° a comprar..., me fez refletir. Gosto de ser desafiada. Ser desafiada nos desperta, nos faz crescer, acorda para as realidades!
O livro já não sei poderá vir com o tempo... quem sabe?! Que seja uma consequência e não a causa de escrever.
" A palavra também precisa envelhecer. A maturidade da obra é que lhe concederá perenidade.(...) Afinal, o livro é uma espécie de testemunho. nele eu confesso e reflito sobre o que confesso". (Abner)

" Estou nas palavras, mas estou sobretudo, nas entrelinhas. O que já sei dizer sobre mim é quase nada perto do que em mim se oculta. Talvez por isso eu esteja aqui. Tenho necessidade de conhecer melhor quem sou. Anseio por compreender o estatuto que me rege, A lei interior que me distingue e ao mesmo tempo me assemelha a uma parte da humanidade." (Alfredo)

Mas eis que chega o tempo de não mais falar por falar, mas produzir conteúdo, edificante e concreto. Sair do campo dos pensamentos e ingressar no tempo do pensamento falado e trabalhado.

" A palavra é um socorro da alma humana." (Abner).

Uma das coisas que me decidi é a ser autêntica em tudo e escrever e colocar pra fora um pouco do que eu sou, do que sinto... faz bem, limpa a alma.

" Estamos no que falamos. Ou porque escondidos, ou porque revelados. Mas também estamos no que ocultamos." (Abner)

As palavras não cabem em si mesma para expressar o que sinto e o que vêm ao meu coração. Tenho essa impressão ás vezes. Mas se não me aventurar a elas nunca me conhecerei e nem me darei a conhecer. E sei que este pode não ser o melhor dos meus textos e nem é essa a minha pretensão. O tempo fara das minhas palavras mais limpas, precisas e certeiras. Agora estou ainda no tempo da fermentação.

" Escrever é como fazer pão. (...)O tempo de fermentação é indispensável, pois é ele que faz com que o pão cresça antes de ser levado ao forno". (Abner)

Bem nestes tempos de Primavera, Novo de Deus, Recomeços, Surpresas... sigo saboreando a beleza de cada momento, cada palavra dita ou velada. A aventura continua. Este foi apenas o começo da Jornada. Fiat!


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(Clarice Lispector)

P.S.: Todas as citações dos personagens Abner e Alfredo, são do livro tão esperado e por mim, mesmo sendo este muito recente no meu "acervo" , tão querido, Tempo de Esperas - O itinerário de um florescer humano do grande Mestre, Pe. Fábio de Melo
.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Maturidade - Mário Quintana


Aprenda a gostar de você.

A cuidar de você e principalmente a gostar de quem também gosta de você...

A idade vai chegando e com o passar do tempo nossas prioridades na vida vão mudando...

A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.

Mas uma coisa parece estar sempre presente...

A busca pela felicidade com amor de sua vida. Desde pequenos ficamos nos perguntando:"Quando será que vai chegar?"

E a cada nova paquera, vez ou outra ,nos pegamos na dúvida:"Será que é ele(ela) ?"

Como dizia meu pai :"Nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.

Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos,o lugar da lua-de-mel e ,de repente..plaft!

Como num passe de mágica, ele desaparecia fazendo criar mais expectativa a respeito
"do próximo" .

Você percebe que cair numa guerra, quando se termina um namoro, é muito natural, mas que já não dura mais de três meses...

Agora você procura melhor e começa a ser mais seletiva.

Procura um cara formado, trabalhador,bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente.

Que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó.

Que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria da felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa que seja realmente legal.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos a luta ...

E haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade:

Churrasco, festinhas, boites na quinta-feira.

Mas o melhor dessa parte é se divertir com os amigos.

Rir até doer a barriga.

Fazer aqueles passinhos bregas de antigamente, curtir o som.

Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele cara que você ama ou acha que ama, e não quer nada com você, definitivamente não é o homem de sua vida.

Você aprende a gostar de você.

A cuidar de você.

E principalmente a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas ...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.